sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Livro da Semana: MBA da Vida Real

Bem vindo/a ao livro desta semana.
MBA da Vida Real é um livro escrito por duas das minhas referências quando falamos de negócios e gestão: Jack Welch e a sua filha, Suzy Welch. Nunca irei esquecer o primeiro livro que li de Jack Welch, "Vencer", onde ele diz a franqueza é a parte mais importante da função de líder, uma vez que promove as ideias criativas, a rapidez das acções e permite que os colaboradores usem todo o seu potencial.





Hoje falo deste livro pois creio que está de alguma forma relacionado com o anterior "Marketing pessoal, és um produto de sucesso". De forma prática, com exemplos reais, este livro explica de que é feita uma empresa de sucesso. 
E muito embora o livro MBA da Vida Real fale de negócios, a verdade é que este livro se aplica na perfeição a qualquer situação: a ti que procuras um novo emprego ou uma iniciativa empreendedora, à organização de uma família, a uma equipa de pingue-pongue, até à equipa de uma empresa que eles mencionam. 

Além disso, não podemos esquecer que o trabalho corresponde a 1/3 da nossa vida: "O trabalho confere significado à vida das pessoas. Não todo o significado, é claro. É evidente que a vida, com a sua vasta riqueza e a sua profundidade, existe para lá do trabalho. Contudo, o trabalho pode conferir à nossa vida uma boa parte do seu propósito."

De acordo com Jack e Suzy Welch, no mundo profissional deveremos sempre estar em sintonia, ou seja, alinhados na missão, nos comportamentos e nas consequências. 
Como assim?
A missão determina para onde vai e porquê uma organização, a tua família, tu próprio/a e qual o significado que atingir a missão tem para ti e para cada uma das pessoas. Já os comportamentos são o resultado da importância da missão. É a forma como pensas, sentes e comunicas e como pensam, sentem e comunicam as pessoas dentro do grupo que estás a analisar (a tua equipa, a tua família, o teu grupo de canto, e até apenas tu mesmo/a). Finalmente, as consequências são os resultados do comportamento, por exemplo, um aumento, uma promoção, um convite, um pedido de casamento, uma surpresa, ou seja, o resultado da forma como tu, a tua equipa, a tua família,... "abraçam e promovem a missão e de que forma demonstram os comportamentos."

"Bom é quando a sintonia entre a missão e os comportamentos é impercetível. Numa empresa que tenha como missão o enfoque no cliente, os funcionários respiram empatia. Dão o número de telemóvel para que os possam contactar fora de horas. Levam a peito as queixas de mau serviço. Por eles, levavam os produtos todos para casa e testavam-nos, para garantir que funcionam na perfeição. Talvez estejamos a exagerar, mas já percebeu a ideia. A missão e os comportamentos têm de ser dois elos da mesma cadeia."

Num caso real, o director da Nalco diz "queríamos pessoas que ficassem realmente empolgadas todas as manhãs". E não é isso que queremos? Não queres acordar todas as manhãs com vontade de ir para o trabalho pelo que ele te traz? ou de ires para a escola, ansioso pelo dia que se segue, ou que os teus filhos acordem empolgados pelas actividades que vão ter? Isso é o comportamento relacionado com a forma como abraças a missão e a interiorizas.

Por sua vez, as consequências permitem compreender de que forma, positiva ou negativamente, tu ou as outras pessoas interiorizaram a missão e se comportaram de acordo com a mesma. Através de promoções ou compensações de algum tipo conseguimos compreender o resultado dos nossos comportamentos: uma prenda por uma boa nota na escola, um prémio por um trabalho inovador, o financiamento por um projecto de empreendedorismo, um resultado vencedor num jogo com a equipa adversária, um beijo por um jantar magnífico... todos estes exemplos são resultado de que o nosso comportamento correspondeu à missão que nos propusemos atingir. 
Infelizmente em muitas empresas e no dia-a-dia, as consequências não estão relacionadas com os comportamentos, pois estes não são correctamente medidos. Quando o chefe reconhece o excelente trabalho de um subordinado mas o mantém na mesma posição durante anos sem o desenvolver, quando os pais vêem o filho marcar um golo vitorioso mas não reconhecem o trabalho, quando a mulher encontra um jantar romântico à sua espera e não agradece,... todos esses comportamentos levam à separação da missão pelos intervenientes e, consequentemente a maus resultados.  

Após todo este detalhe para que o leitor compreenda a importância da missão, comportamentos e consequências, os autores explicam a importância do comportamento de um líder para que tudo o resto funcione. Na minha experiência profissional, e provavelmente na tua também, encontrei chefes e encontrei líderes... infelizmente o mundo actual tem mais chefes que líderes e por isso, muitas vezes, vemos o barco afundar. De acordo com os autores, um líder deverá:
  • por-se na pele do outro 
  • pensar em si como um diretor de significado
  • eliminar os obstáculos que se possam colocar aos elementos da sua equipa
  • demonstrar alegremente o «gene da generosidade»
  • fazer com que o trabalho seja divertido

"Levemos isto ao extremo. Na realidade, os melhores líderes preocupam-se mais com o seu pessoal do que consigo."

Talvez pelo contexto da minha própria vida, li este livro com uns olhos diferentes do que li o livro Vencer dos mesmos autores. Isto porque na altura em que li Vencer ainda era junior nas minhas funções a trabalhar numa multinacional e, portanto, apenas apliquei o conteúdo do livro ao meu trabalho e não a toda a minha vida.
Ao ler este livro, consigo perfeitamente aplicar o seu conteúdo à M@rta profissional e empreendedora, à M@rta no seu contexto familiar e à M@rta indivíduo.

Espero que consigas vê-lo como eu o vi e que este livro te traga bons e frutíferos ensinamentos para construíres um EU mais forte, uma família mais unida e uma ou mais equipas mais bem sucedidas.

Boas leituras.
Até já.

M@rta









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