Quem imaginaria que este livro, escrito por Stephen R. Covey em 1989 iria ainda hoje, 26 anos depois, ser considerado um livro "a ler". Não vou falar dos muitos milhões de livros vendidos, pois as fontes têm grandes discrepâncias, mas basta ver que estamos a falar de milhões em mais de 38 línguas para perceber que se trata de um livro que não se deve deixar na prateleira.Considerado pela revista Chief Executive como o livro mais influenciador do século vinte, este livro distingue as pessoas felizes e bem-sucedidas das restantes, através de 7 hábitos.
Embora tenha lançado em 2004 o livro “O Oitavo Hábito: da Eficácia à Grandeza”, é o livro que lançou em 1989 que continua a ser utilizado por empresas, líderes e pessoas em todo o mundo. Considerado um livro de gestão, é também visto como um livro de auto-ajuda, uma vez que defende que o êxito vem, acima de tudo, de dentro.
Covey defende que as pessoas podem adquirir a eficácia plena na vida, quer no contexto profissional, quer no contexto pessoal, a partir de 7 hábitos fundamentais, reforçando que a estes, é essencial associar a integridade e o carácter. Para Covey a eficácia na vida é mais do que o emprego de sonho ou uma liderança feroz. É antes o resultado de uma vida saudável, feliz e bem-sucedida, não podendo nunca ser atingida por aqueles que sacrificam o equilíbrio interior e a felicidade para atingirem o sucesso.
Vamos então ver quais são os hábitos defendidos por Stephen R. Covey:
HÁBITO 1: SER PROACTIVO
Ser proactivo significa assumir as escolhas e decisões que tomámos ao longo das nossas vidas e as suas consequências. Deveremos por isso fazer escolhas conscientes, associadas aos nossos princípios pessoais fundamentais e não às circunstâncias ou emoções do momento. Este hábito está relacionado com as qualidades de "autoconhecimento" e "autoconsciência".
HÁBITO 2: COMEÇAR COM O OBJECTIVO EM MENTE
Começar com o objectivo em mente significa manter vivo o que se pretendes alcançar em cada tarefa que desempenhas. Mas para saberes o que pretendes alcançar, necessitas de ter claros para ti os teus valores pessoais básicos e os teus objectivos de vida. Para o efeito, Covey propõe a criação de uma declaração de missão. De acordo com Covey (Seven Habits Revisited: Seven Unique Human Endowments, 1991), a este hábito estão associadas as qualidades de "consciência" e "imaginação".
No blog http://msb.franklincovey.com/ encontras um apoio à criação de uma declaração de missão nas 4 áreas: pessoal, familiar, equipa, valores pessoais. Também aí consegues ver alguns exemplos de declarações de missão de pessoas que nos inspiram desde sempre. De todos os exemplos que li, ficou-me gravado o de Erma Bombeck*, uma vez que o que lemos é tudo o que teria feito se pudesse viver outra vez. Usando esse exemplo, podemos perfeitamente pensar como gostaríamos de ter vivido se estivéssemos no final das nossas vidas.
*escritora americana, viveu entre 1927 e 1996. Escrevia uma coluna de jornal sobre a vida de uma dona-de-casa suburbana. Escreveu também 15 livros, dos quais muitos se tornaram bestsellers.
HÁBITO 3: PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE
De acordo com Covey (Seven Habits Revisited: Seven Unique Human Endowments, 1991), a este hábito está associada a qualidade de “força de vontade”. Este hábito está relacionado com a capacidade de autogestão eficaz, ou seja, a capacidade de organizar o tempo de acordo com as prioridades.
Priorizar, planear e executar as tarefas de acordo com a relação Importância vs Urgência, implica organizar as tarefas com vista aos objectivos que colocaste no hábito 2 – na declaração de missão.
Sobre o tema da priorização das tarefas, li há alguns anos o livro “Engula Sapos” de Brian Tracy, um também conceituado autor de livros de gestão, que explicava que ao iniciar o dia deveríamos engolir os sapos, ou seja, aquelas tarefas que por serem uma dor de cabeça, não gostarmos de as fazer ou serem realmente muito importantes, nos deixariam depois o resto do dia livre para tarefas mais agradáveis e nos daria o sentido de realização rapidamente.
HÁBITO 4: PENSE WIN-WIN (GANHAR-GANHAR)
O conceito win-win é trabalhar para o bem de todos, com a premissa que o nosso sucesso deriva do sucesso das pessoas à nossa volta (família, amigos, colegas). Este conceito está relacionado com a qualidade da “mentalidade de abundância”, porque a tua segurança deriva de princípios.
Respeitar e valorizar os outros, com a consciência de que o sucesso de todos promove o sucesso individual é o modelo ideal da vida no dia-a-dia. “A mentalidade de abundância oferece mais lucro, poder e reconhecimento para todos”.
HÁBITO 5: PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO
As qualidades presentes neste hábito são “coragem” e “consideração”, no sentido em que devemos primeiro compreender o outro antes de expor o nosso ponto de vista. Ouvir atentamente e entender a outra parte significa respeitar a outra pessoa e a sua opinião, dar-lhe a oportunidade de se explicar e a nós a oportunidade de ver outra perspetiva para além da nossa. Desta forma estamos a permitir à outra pessoa influenciar as nossas opiniões de forma genuína e, com isto, ter a coragem de mudar a forma como vemos as coisas, ao mesmo tempo que, de forma clara e respeitosa expomos a nossa opinião, oferecendo ao outro o nosso ponto de vista e, eventualmente, influenciando também a sua perspectiva.
A outra pessoa só irá dar atenção ao que estás a dizer se se sentir compreendida, se sentir que tu também lhe deste atenção. Actualmente a escuta selectiva é parte do nosso dia-a-dia. Ouvimos o que nos interessa e passamos mais tempo a pensar na resposta que vamos dar do que em escutar activamente a outra pessoa – “A causa da maioria dos problemas é o básico problema de comunicação: as pessoas não ouvem com empatia. Ouvem de dentro da sua autobiografia. (…) Precisam de aprovação e falta-lhes coragem” (Seven Habits Revisited: Seven Unique Human Endowments, 1991).
HÁBITO 6: CRIAR SINERGIAS
O conceito de que 2 cabeças pensam melhor que 1 e que 3 pensam melhor que 2, … é um conceito que pressupões que todas as cabeças comuniquem e escutem activamente os outros à sua volta. A solução de muitos problemas não está da cabeça de 1, mas nas conclusões obtidas através daquilo que todos disseram.
Criar sinergias é isso mesmo: cooperar activamente, contribuindo para um objectivo comum, onde o todo é maior que a soma das partes. Combinar as forças de cada pessoa, significa aproveitar o melhor de cada uma na criação de algo extraordinário, impossível de conseguir com apenas 1 cabeça. Por isso mesmo a qualidade deste hábito é a criatividade.
Um exemplo é a escolha de 1 filme em casa. A mim apetece ver acção, a ti apetece ver comédia. Se ambos formos criativos, conseguiremos com certeza chegar a um filme que tenha ambas as coisas, tornando a decisão numa decisão win-win.
Importante na criação de sinergias é a mudança de atitude – “passar da comunicação defensiva para transacções de compromisso para alternativas e transformações criativas e sinérgicas.”
Isto significa preservar e melhorar o teu melhor trunfo: TU! Com este hábito deverás equilibrar e renovar os recursos que tens, a tua energia e saúde, criando assim um estilo de vida sustentável e saudável. De acordo com Covey deverás ter um programa de renovação constante nas 4 áreas da tua vida: física, social/emocional, mental e espiritual e, propõe-te algumas actividades:
Física: alimentação, exercício físico e descanso
Social/emocional: criar relações sociais significativas com os outros
Mental: ler, aprender, escrever e ensinar
Espiritual: passar tempo com a natureza, expandir o lado espiritual através da meditação, música, arte, oração ou serviço aos outros (voluntariado)
Covey defende que manteres este programa de desenvolvimento contínuo te dá a energia que necessitas para praticares também os outros 6 hábitos e para melhorares a capacidade de produzir e lidares com os desafios ao teu redor.
A outra pessoa só irá dar atenção ao que estás a dizer se se sentir compreendida, se sentir que tu também lhe deste atenção. Actualmente a escuta selectiva é parte do nosso dia-a-dia. Ouvimos o que nos interessa e passamos mais tempo a pensar na resposta que vamos dar do que em escutar activamente a outra pessoa – “A causa da maioria dos problemas é o básico problema de comunicação: as pessoas não ouvem com empatia. Ouvem de dentro da sua autobiografia. (…) Precisam de aprovação e falta-lhes coragem” (Seven Habits Revisited: Seven Unique Human Endowments, 1991).
HÁBITO 6: CRIAR SINERGIAS
O conceito de que 2 cabeças pensam melhor que 1 e que 3 pensam melhor que 2, … é um conceito que pressupões que todas as cabeças comuniquem e escutem activamente os outros à sua volta. A solução de muitos problemas não está da cabeça de 1, mas nas conclusões obtidas através daquilo que todos disseram.
Criar sinergias é isso mesmo: cooperar activamente, contribuindo para um objectivo comum, onde o todo é maior que a soma das partes. Combinar as forças de cada pessoa, significa aproveitar o melhor de cada uma na criação de algo extraordinário, impossível de conseguir com apenas 1 cabeça. Por isso mesmo a qualidade deste hábito é a criatividade.
Um exemplo é a escolha de 1 filme em casa. A mim apetece ver acção, a ti apetece ver comédia. Se ambos formos criativos, conseguiremos com certeza chegar a um filme que tenha ambas as coisas, tornando a decisão numa decisão win-win.
Importante na criação de sinergias é a mudança de atitude – “passar da comunicação defensiva para transacções de compromisso para alternativas e transformações criativas e sinérgicas.”
HÁBITO 7: AFIAR A FACA
Este hábito está relacionado com as qualidades de “desenvolvimento contínuo” ou “renovação pessoal” para ultrapassar a entropia. O desenvolvimento contínuo, inovação e refinamento, são a única forma de evitar cair em sistemas e estilos fechados. Isto significa preservar e melhorar o teu melhor trunfo: TU! Com este hábito deverás equilibrar e renovar os recursos que tens, a tua energia e saúde, criando assim um estilo de vida sustentável e saudável. De acordo com Covey deverás ter um programa de renovação constante nas 4 áreas da tua vida: física, social/emocional, mental e espiritual e, propõe-te algumas actividades:
Física: alimentação, exercício físico e descanso
Social/emocional: criar relações sociais significativas com os outros
Mental: ler, aprender, escrever e ensinar
Espiritual: passar tempo com a natureza, expandir o lado espiritual através da meditação, música, arte, oração ou serviço aos outros (voluntariado)
Covey defende que manteres este programa de desenvolvimento contínuo te dá a energia que necessitas para praticares também os outros 6 hábitos e para melhorares a capacidade de produzir e lidares com os desafios ao teu redor.
E pronto... o resumo aos meus olhos do que aprendi com este livro fantástico e com este senhor... espero que tenhas gostado e que te tenha dado razões para leres o livro.
Se o teu inglês for bom, podes experimentar as ferramentas do blog http://www.franklincovey.com/resources. Aqui encontras vídeos, testes, e material de apoio dos mais diversos tipos.
Sobre o autor:
Stephen R. Covey é um dos mais reconhecidos gestores do século XX. Nascido em 1932, faleceu 80 anos mais tarde, deixando um legado de ensinamentos que ainda hoje são reconhecidos e seguidos. Fundou o Covey Leadership Center e a FranklinCovey Corporation, que ajuda as organizações a atingir resultados que necessitam da mudança no comportamento humano.
Até já.
M@rta
M@rta
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